Adolescente grávida morta na Grande Curitiba foi atingida por tiro na cabeça enquanto estava deitada, aponta MP

  • 01/07/2025
(Foto: Reprodução)
Companheiro dela, Ruan dos Santos Martins é o principal suspeito do crime e está preso. Ele foi denunciado pelos crimes de feminicídio e aborto. Defesa diz que ele é inocente. Isabele estava grávida de oito meses e levou um tiro na nuca Cedida/Jean Campos A adolescente Isabele Raiane de Bonfim, de 17 anos, que foi morta no início de junho, quando estava grávida de oito meses, foi atingida por um tiro na cabeça enquanto estava deitada na cama, segundo aponta o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Veja mais abaixo. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, Ruan dos Santos Martins, de 27 anos. Ele está preso preventivamente na cadeia pública de Curitiba e foi denunciado no último sábado (28), pelos crimes de feminicídio – com qualificadoras como meio que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe e o fato de Isabele estar gestante – e pelo crime de aborto. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp A jovem foi assassinada no dia 6 de junho, na casa onde morava na zona rural de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O g1 teve acesso ao documento da denúncia, que também aponta que a irmã de Isabele entrou no quarto pouco após o crime e foi enforcada e ameaçada por Ruan. Por isso, ele também foi denunciado pelos crimes de vias de fato e ameaça contra a irmã da vítima. Na denúncia, o MP solicitou a produção de mais provas necessárias para o esclarecimento do caso e que Ruan seja submetido ao Tribunal do Júri. Também foi solicitada uma indenização por danos morais no valor de R$ 150 mil. Até o momento, a denúncia ainda não foi aceita pelo Poder Judiciário. Ruan dos Santos Martins usava nome falso e já era procurado por ter matado três parentes em 2023. Polícia Civil (PC-PR) Os advogados Jean Campos e Thiago Rodrigues, que representam a família de Isabele, avaliaram a denúncia como um "passo importante na busca por justiça e no reconhecimento da gravidade dos fatos". "A inclusão dos crimes de ameaça e vias de fato contra a irmã da vítima, menor de idade, que presenciou parte do ocorrido, reforça que ela também foi vítima da violência praticada, afastando qualquer tentativa da defesa de distorcer os fatos e responsabilizá-la indevidamente. Esperamos que o processo siga com seriedade, respeito à memória de Isabele e à proteção da integridade da menor", disseram em nota. Ao g1, o advogado Rogério Nogueira, que atua na defesa de Ruan, disse que ele é inocente e que a denúncia do Ministério Público é precipitada. A defesa disse que vai provar a inocência de Ruan. Leia também: 'Aropoti', 'Tomzina': placas com erros em nomes de cidades são instaladas por concessionária em rodovia do Paraná Luto: Estudante brasileiro que morreu afogado no Canadá conquistou intercâmbio por ter boas notas em escola pública São José dos Pinhais: Homem invade escola e morre em confronto com policial de folga MP aponta que vítima foi morta enquanto dormia De acordo com a denúncia, Isabele foi morta por volta das 00h10. No documento, consta que Ruan deu um tiro repentino na adolescente, enquanto ela estava deitada na cama, atingindo a narina direita e produzindo lesões cranioencefálicas. A promotoria considerou que Ruan agiu com consciência e vontade, e que ele se valeu da relação de confiança preestabelecida com a vítima, em função da união estável que existia entre eles. Isabele estava grávida de oito meses quando foi morta. O bebê também morreu. Por isso, a promotoria também considerou que Ruan provocou aborto do filho. Companheiro foi denunciado por feminicídio e aborto A denúncia também considera que Ruan assassinou a jovem por motivo torpe, devido a um sentimento de posse que tinha em relação a ela. De acordo com um dos depoimentos prestados durante a investigação, o denunciado desbloqueou os contatos que havia no celular de Isabele e mandou mensagens para amigos e relacionamentos antigos dela. Durante a investigação feita pela polícia, a família de Isabele disse em depoimento que Ruan teve uma crise de ciúmes ao duvidar da paternidade do bebê que a adolescente esperava. "Informações preliminares em oitivas com familiares da vítima e testemunhas dão conta de que ela estava em um relacionamento conturbado e que, ao longo dos últimos meses, a situação veio se agravando com diversas brigas e discussões entre o casal", relatou o delegado Gabriel Fontana. Segundo o MP, também foi apurado na investigação que Ruan matou a adolescente depois de ingerir bebida alcoólica. Irmã da vítima também foi agredida, diz denúncia A irmã mais nova de Isabele, de 14 anos, estava na casa no momento do crime e disse à polícia que não ouviu nenhuma discussão antes do disparo e que, ao abrir a porta do quarto, viu a jovem deitada na cama. Conforme a denúncia, Ruan enforcou a cunhada, causando lesões aparentes. Em seguida, ameaçou a jovem dizendo: “se contar para alguém, a próxima será você”. Após o crime, Ruan fugiu e ficou escondido em uma casa no interior do município. Ele se entregou à polícia no dia 18 de junho. Ruan foi levado até a delegacia de Rio Branco do Sul e ficou em silêncio durante o depoimento à polícia. "Conversando com ele, informalmente, disse que essa entrega se deu por razão de ele ter visto que a polícia estava chegando perto e que não tinha mais o meio de locomoção dele, que era um cavalo", disse o delegado. Denunciado usava nome falso e já era procurado Delegado explica como a polícia descobriu que suspeito de matar jovem no PR A polícia descobriu que Ruan usava um nome falso e já era foragido por matar a sogra, o cunhado e o primo, em maio de 2023, em Reserva, na região dos Campos Gerais. Segundo o advogado Jean Campos, que representa a família de Isabele, o homem tinha um comportamento recluso e não gostava de aparecer em fotos. A versão foi confirmada por parentes da jovem em depoimento à polícia. Conforme os familiares, o homem escondia detalhes sobre o passado e não falava da família. Ele se apresentava apenas como "Gabriel", mas nunca informou o nome completo ou mostrou qualquer documento. "Esse nome despertou o interesse das investigações, uma vez que ele era um indivíduo muito recluso, não gostava de tirar fotos com a sua convivente, escondia muita coisa do seu passado", disse o delegado. Conforme o delegado, durante a investigação, a corporação recebeu uma informação de que o suspeito de matar Isabele era parecido com um homem responsável pelo triplo homicídio ocorrido em Reserva. Ele pediu o confronto de imagens e um laudo de compatibilidade de fotografias atestou que os dois eram a mesma pessoa. A defesa dele diz que, no caso do triplo homicídio da morte da sogra, do cunhado e do primo, Ruan é réu confesso e vai pagar pelos crimes que cometeu em uma pena justa. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/07/01/adolescente-gravida-morta-na-grande-curitiba-foi-atingida-por-tiro-na-cabeca-enquanto-estava-deitada-aponta-mp.ghtml


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